Como expliquei
em O Mensageiro – o replantio daimista
da doutrina cristã, “os chamados hinos novos são os catorze últimos
hinos recebidos por mestre Irineu, nos dois ou três anos que antecederam
sua passagem e um atrás do outro, compondo dentro do O Cruzeiro
Universal um conjunto único de beleza e densidade conceitual entre todos os
hinos da base doutrinária daimista.
Por essa
razão, e por ser o que se canta ao final dos serviços quinzenais de concentração
antes das preces de encerramento (exceto o último hino, Pisei na terra
fria), certamente são os mais conhecidos hinos de mestre Irineu.
Dado seu
caráter de bloco, e por condensarem os aspectos centrais da doutrina
daimista, desde os anos 80 passaram a ser chamados genericamente de O
Cruzeirinho, com o que tal titulação se espalhou pelo Brasil inteiro e apenas
junto aos daimistas dos primeiros tempos, ainda vivos, usa-se chamá-los de hinos
novos.
Todavia, não
há problema algum em denominá-los O Cruzeirinho, não fosse o fato de com
isso se perder a dimensão de serem os hinos novos.
É curioso,
este aspecto...
Obviamente
eles integram o total de 132 hinos que o Mestre anunciou como O Cruzeiro
Universal, caso contrário haveria uma diferença enorme de quase vinte hinos
entre o antevisto e o ocorrido, mas parece que até para ele próprio os hinos
novos trouxeram certa surpresa, pois provocaram uma inflexão no hinário e mesmo
no ritual dos serviços.
Até então,
bem nos finais dos anos 60, os rituais de concentração tinham término
com as Nove Preces, uma Salve Rainha, a elocução de encerramento
e o dispersar dos irmãos.
Ao receber o
primeiro dos hinos novos, entretanto, mestre Irineu dispôs que os hinos que receberia a seguir,
já os chamando de ‘hinos novos’, eram para ser cantados no encerramento das
concentrações, com todo mundo em pé”, concedendo-lhes de imediato, portanto, um
status diferenciado, já que até então não se cantava hino algum nas concentrações, quer antes ou durante,
quer depois.
Parece não haver
dúvida de que os hinos novos foram recebidos de 1968 ou 1969 a 1970,
após ele ter ficado mais de cinco anos sem receber hino algum, sendo que o
último veio alguns dias após o aniversário de mestre Irineu em 1970, por volta
do dia 17 ou 18 de dezembro e quase sete meses antes de sua saída do mundo”.
O 14º hino é cantado apenas em certas datas rituais, encerrando o
serviço de culto antes das preces finais.
Segundo ensinou dona Percília, deve ser cantado sem baile e sem
instrumentos, com todos parados em pé ao cantar.
Não há unanimidade quanto a esta instrução, mas pelo fato de dona
Percília ter sido o braço-direito de mestre Irineu por 30 anos seguidos,
inclusive no tocante a ajustar as letras de hinos recebidos, e também por ser
hino de profunda contrição, como se pode perceber com facilidade ao ouvi-lo
(afinal, tratou-se do hino que apontou o passamento de mestre Irineu), eu sempre
adotei a orientação que ela dava.
Dou viva a Deus nas alturas
https://soundcloud.com/user-42223403/001-dou-viva
Todos querem ser irmão
Confia
Eu peço
Esta força
Quem procurar esta casa
Eu andei na casa santa
Eu tomo esta bebida
Aqui estou dizendo
Flor das águas
Hino sem letra
Eu pedi
Eu cheguei nesta casa
Pisei na terra fria